quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Participem!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Dia do Leitor

Ao Dia do leitor, uma razão para praticarmos tal ato, e tão prazeroso ato.



quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

As Lágrimas da Nuvem


Olá...Bem, primeiramente desejo um ótimo 2010 a todos...E para começar o ano, uma repostagem do, julgado por mim, melhor texto do ano... E espero que 2010 possa ser um ano com muito mais criatividade e inspiração. Deixem seu comentário. Boa Leitura!



Já são seis e meia da manhã, o celular desperta e Lucas tem vontade de jogá-lo na parede. Então se levanta e vai tomar banho, a água do chuveiro não aquece o suficiente, escova os dentes, penteia o cabelo, veste-se, calça seus sapatos apressadamente, sai levando sua mochila e vai pegar o ônibus.
Junior, seu cachorro, estava com a pata suja, e ele foi ao trabalho com uma marca de barro em sua calça. Tempo nublado, frio, e a partir daquele momento, chuvoso, o que o fez perceber que seu guarda-chuva de emergência estava quebrado.
O ônibus lotado o faz apertar a mochila e lembrar-se de que esquecera sua pasta com as tarefas do dia.
Após correr por quatro quadras, Lucas entra na escola atrasado e vai à sala. O barulho o deixa sem ação, então simplesmente começa sua aula passando textos no quadro.
Um dos alunos nota a mancha na sua calça e comenta alto para que todos a percebessem. Como um professor inexperiente ele fica sem ação e finge que nada está acontecendo. Troca de turma, e os alunos comemoram o esquecimento do professor, e a prova adiada.
Chega ao fim da manhã, Lucas enfrenta outro ônibus. Chegando em casa, liga o fogão e esquenta o que sobrou da janta na noite passada, o telefone toca para uma cobrança, ele se distrai e deixa o único bife queimar, ainda bem que hoje é dia de pagamento – pensou ele.
O relógio marca 14 horas, e o jovem guerreiro encara mais um bico. Passear com os cachorros da vizinhança era uma tarefa relaxante, mas enlouquecedora em dias de chuva.
Lucas vai ao banco para retirar o salário. Ele esperou cerca de uma hora na fila e recebeu apenas metade do que precisava. Havia sido um mês muito difícil, teve muitas faltas no trabalho e conseqüentemente muitos descontos salariais.
O tempo começou a melhorar, a chuva cessou. Ele entrou em contato com a sogra, as crianças haviam passado a noite lá,pois o carro estragou. Já era hora de buscá-las para realizarem juntos a grande tarefa.
O pai comprou um bolo, e com todo cuidado tomou outro ônibus, graças a Deus o bolo permaneceu intacto. As crianças ficaram eufóricas e alegres em vê-lo, elas já estavam prontas esperando por sua chegada, os meninos passaram gel no cabelo e a menina estava com seu melhor vestido. Lucas chamou um táxi, e partiram para a grande tarefa.
O hospital estava calmo naquele dia. Logo Prepararam o bolo, acenderam a vela e entraram no quarto cantando parabéns baixinho para a mãe que os aguardava confiante e fraca. Naquele momento todas as suas forças se uniram para dar um sorriso. As crianças leram suas cartas para a aniversariante, e o presente foi um belo lenço para cobrir-lhe a falta de cabelos. Lucas deu um beijo com gosto de confiança em sua esposa, e seus filhos a abraçaram. O horário de visitas terminara e então Lucas gastou seu último dinheiro com o táxi para as crianças voltarem à casa da avó.
Lucas foi embora caminhando, e por sinal uma longa caminhada de reflexão, satisfação, tristeza, e a partir daquele momento chuva.



(João Lucas Cruz Castanho)