
As meninas imploravam “não atira em mim, moço”
Ainda assim suas memórias foram perfuradas
A vida foi mais uma vez banalizada
A vida deixou transparecer sua natureza esquálida
Quem está a respirar
Sente a dor que o ar carrega para suas entranhas
A dor lacerante desse dia
Nunca desaparecerá de suas mentes
A partir desse vórtice
O trauma viverá no lugar de quem desvanecera.
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07/04/2011
Realengo, Rio de Janeiro