sábado, 7 de agosto de 2010

Vai Saber...


“Nada como um amor não correspondido para tirar todo o sabor do sanduíche de manteiga de amendoim…” -Charlie Brown-


Não sei lidar com determinados sentimentos. Então, quando os sinto, os percebo como conflitos.

É sobre pessoas.

Nem todas as pessoas têm sensibilidade sobre seus próprios sentimentos. Muitas vezes é como se não os sentissem. Talvez não os sintam.

Eu tenho o péssimo hábito de idealizar as pessoas às minhas necessidades. Não relevo o fato de elas viverem como eu, e estarem no mesmo ambiente que eu, e de terem vindo de outro lugar, que não do meu.

Costumo moldá-las, dentro de mim, àquele alguém que seria a resposta para minha indagação. Moldá-las às minhas carências e afeições.

Conseqüente, acompanha-se a frustração.

Por ora esse alguém não é quem você idealizou. Por ora este mesmo marca sua vida com um profundo sentimento de insignificância, seguido de uma atitude de força e orgulho provinda da sua parte.

Porém, mesmo desse modo, a importância daquela pessoa dentro de você não muda. Você poderia estar por anos longe dela, mas ficaria por anos falando dela como se ainda estivesse em contato.

A verdade é que preciso de pessoas a minha volta, e não aceito o fato de não poder estar sozinho, quando tudo o que vejo é contrário ao que sinto.

Queria falar desse assunto em forma de conto ou crônica, mas precisava ser bastante claro. Pois, às vezes minha interpretação falha.

4 comentários:

Lia Araújo disse...

Ah Lucas... é normal, idealizar e se frustrar. O Carpinejar é que diz que vc não se apaixona a primeira vista por alguém por ela e tal, mas sim, pelo reflexo seu que vc vÊ nela.
A partir de conhecer é que pode dá certo ou gerar frustração. Mas, não dei de procurar...sei como é... idealizo demais tb!

bjos
Otimo FDS!

P.S. Adoro essa frase do Charlie... diria que não só o sanduíche...um monte de coisas mais.

Anônimo disse...

Primeiramente, quero comentar desse seu post. Também tanho mania de idealização, me frustro constantemente. Uma mania é "prever", digamos assim, as reações das pessoas. É como se eu fizesse um roteiro na mente (sou um tanto calculista, eu sei) e quisesse que as pessoas o seguissem; no entanto, tento imaginar o todo para não me decepcionar se algo sair errado. Resultado: não sei como, mas as pessoas têm a capacidade de me surpreender e eu quebro a cara com cobranças. Me identifiquei muito com seu texto. Muito mesmo...
Outra coisa, agora, é meu agradecimento por ter recomendado-me textos tão lindos. (Devo confessar que amei seu conto. Tão real, tão próximo...)
Muito grata.

Unknown disse...

Expectativas são perigosas, delas vêem nossas maiores frustrações, lógico que ninguém vive sem expectativas, mas ai entra a tal da coerência. O grande desafio de amar as pessoas é amar quem elas realmente são, não quem nos gostaríamos que elas fossem. Existe sentimento mais verdadeiro que este? Acho que não né!

Anônimo disse...

Não é somente você que se sente assim... Ao menos, temos a literatura para nos apoiar...