quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

SEJA UM IDIOTA


A idiotice é vital para a felicidade.

Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.

Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?

hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?

É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.

Dura, densa, e bem ruim.

Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva.

Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.

Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:
passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!

Arnaldo Jabor

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Quase Cultura



Há pessoas que derrubam árvores porque elas lhes tapam o sol com uma peneira.

O boato é uma transpiração boca a boca.

Galo era um povo gaulês que acabou no galinheiro.

Uma reflexão é o que se faz diante do espelho.

Caloria é o alimento que comemos no inverno.

Quem mais sofre da ahorta são os jardineiros.

O petróleo é o resultado de milhões de anos de vida de grandes pedras putrefatas.

É nos genes que se encontram todas as nossas heresias.

Monoglota é uma figura geométrica d um lado só.

A dívida publica é uma divida epidêmica.

O maior obelisco grego conhecido é o apogeu.

Orador é o padre que reza o padre-nosso.

A democracia é formada por um presidente, um vice, e outros menos votados.

Os menires são grandes monumentos de pedra criados por Adão e Eva.

O cristianismo não aceita como caridade levar alguém pra cama.

No paleolítico ninguém acreditava no neolítico.

As pinturas rupestres são precursoras dos ciprestes.

Os ateus têm um Deus em que nem eles acreditam.

Marxista é uma espécie de masoquista reacionário.


Millôr

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Seção Leitura



As Memórias do Livro

Geraldine Brooks

Nasceu em Sydney, Austrália. Após a faculdade, trabalhou como repórter e em 1982 ganhou uma bolsa para o programa de mestrado em jornalismo da Columbia University. Não deixou mais o país e logo começou a trabalhar para o The Wall Street Journal, onde cobriu conflitos e crises no Oriente Médio, na África e nos Bálcãns. Em 1994, lançou seu livro de estréia, Parts of Desire, inspirado em sua experiência entre mulheres muçulmanas – sucesso imediato, traduzido para 17 línguas. Em 2006, veio a consagração com March, que lhe valeu o Prêmio Pulitzer de ficção. Atualmente, Geraldine vive com a família entre Mastha’s Vineyard, Massachusetts, e Sydney.

São Paulo: Ediouro, 2008.
Relata a história de um manuscrito judeu muito raro, trata-se também de sua conservação e restauração. Diferentes e variados cenários ilustram a história. Os assuntos abordados são o amor aos livros, conservação e restauração de livros, a luta para conservar a cultura em tempos difíceis, nos quais aconteceram principalmente conflitos religiosos, políticos e culturais.É uma viagem ao passado, o livro foi publicado em 2008, mas sua história inicia em meados de 1400 e é descrita até 2002. O romande relata como o manuscrito sobreviveu a séculos de perseguição e intolerância religiosa na Europa, o modo como atravessou a inquisição Espanhola, como manteve-se intacto da censura nazista.
É possível ter um contato, mesmo que mínimo, com diversas culturas. Uma viagem cultural no tempo.
Interessantíssimo e altamente indicável, principalmente para as pessoas que gostam de história.



O Último Irmão

Nathacha Appanah

Apontada como uma das estrelas em ascensão da nova literatura francesa, Nathacha Appanah nasceu em 1973, nas Ilhas Maurício. Jornalista e escritora, ela vive em Paris e trabalha para uma ONG. O Último Irmão, vencedor do prêmio FNAC de romance de 2007, é seu quarto livro, e o primeiro publicado no Brasil.

Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.

A obra relata a história de Raj, um menino de 9 anos, com uma vida muito dura, infância sofrida, e um pai que maltratava os irmão e sua mãe. Raj amava sua família, apesar de tudo. Mas as coisas mudam quando algo trágico acontece. O menino e seus pais mudam-se de cidade e começam uma nova vida. Quando aparece David, um garoto com a mesma idade e polonês, é onde ocorre o desenrolar da história. David e Raj vivem grandes aventuras juntos. Amor, perdão, luta, sofrimento, família e amizade, são os principais pontos abordados.
A história se passa nas Ilhas Maurício, com o contexto histórico mais marcante do ano de 1945, o fim da Segunda Guerra Mundial. Um romance, muito original, escrito por uma Mauriciana, com linguagem culta, de fácil compreensão, narrado em primeira pessoa.
Um livro muito indicado. As pessoas que leram e gostaram de “O Caçador de Pipas”, “O Menino do Pijama Listrado”, com certeza gostarão dessa história.




A Guerra de Platão

Domingos Pellegrini

Nasceu em Londrina. Sei livro de estréia, O Homem vermelho, contos, ganhou o Prêmio Jabuti de 1977. Publicou ainda Os Meninos, As Sete Pragas, Paixões, Os Meninos Crescem, Tempo de Menino, Meninos e Meninas, Tempo de Guerra (contos) e A Árvore que Dava Dinheiro, As Batalhas do castelo, Negócios de Família, Andando com Jesus (romancetes).

São Paulo: Quinteto Editorial, 1997.

Um professor de história é surpreendido por um carro e acaba atropelado, no hospital presencia um assassinato. Logo após o acontecido, começam a persegui-lo, após perdas e fugir muito ele decide que é o momento para iniciar a luta, e com muita diplomacia.
Os principais pontos abordados da obra tratam de perdas, luta, amor e força para lutar por quem ama.
Inserido em um contexto histórico atual, este livro de literatura infanto-juvenil, narrado em terceira pessoa, é muito indicado para quem gosta de histórias policiais.
OBS.: apesar de seu gênero ser infanto-juvenil, é um livro que se encaixa na literatura adulta.


BOA LEITURA!