sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Hoje não escrevo


Chega um dia de falta de assunto. Ou, mais propriamente, de falta de apetite para os milhares de assuntos.
Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado, as letras se reunindo com maior ou menor velocidade, mas com igual indiferença pelo que vão dizendo, enquanto lá fora a vida estoura não só em bombas como também em dádivas de toda natureza, inclusive a simples claridade da hora, vedada a você, que está de olho na maquininha. O mundo deixa de ser realidade quente para se reduzir a marginália, purê de palavras, reflexos no espelho (infiel) do dicionário.
O que você perde em viver, escrevinhando sobre a vida. Não apenas o sol, mas tudo que ele ilumina. Tudo que se faz sem você, porque com você não é possível contar. Você esperando que os outros vivam para depois comentá-los com a maior cara-de-pau (“com isenção de largo espectro”, como diria a bula, se seus escritos fossem produtos medicinais). Selecionando os retalhos de vida dos outros, para objeto de sua divagação descompromissada. Sereno. Superior. Divino. Sim, como se fosse deus, rei proprietário do universo, que escolhe para o seu jantar de notícias um terremoto, uma revolução, um adultério grego - às vezes nem isso, porque no painel imenso você escolhe só um besouro em campanha para verrumar a madeira. Sim, senhor, que importância a sua: sentado aí, camisa aberta, sandálias, ar condicionado, cafezinho, dando sua opinião sobre a angústia, a revolta, o ridículo, a maluquice dos homens. Esquecido de que é um deles.
Ah, você participa com palavras? Sua escrita - por hipótese - transforma a cara das coisas, há capítulos da História devidos à sua maneira de ajuntar substantivos, adjetivos, verbos? Mas foram os outros, crédulos, sugestionáveis, que fizeram o acontecimento. Isso de escrever O Capital é uma coisa, derrubar as estruturas, na raça, é outra. E nem sequer você escreveu O Capital. Não é todos os dias que se mete uma idéia na cabeça do próximo, por via gramatical. E a regra situa no mesmo saco escrever e abster-se. Vazio, antes e depois da operação.
Claro, você aprovou as valentes ações dos outros, sem se dar ao incômodo de praticá-las. Desaprovou as ações nefandas, e dispensou-se de corrigir-lhe os efeitos. Assim é fácil manter a consciência limpa. Eu queria ver sua consciência faiscando de limpeza é na ação, que costuma sujar os dedos e mais alguma coisa. Ao passo que, em sua protegida pessoa, eles apenas se tisnam quando é hora de mudar a fita no carretel.
E então vem o tédio. De Senhor dos Assuntos, passar a espectador enfastiado de espetáculo. Tantos fatos simultâneos e entrechocantes, o absurdo promovido a regra de jogo, excesso de vibração, dificuldade em abranger a cena com o simples par de olhos e uma fatigada atenção. Tudo se repete na linha do imprevisto, pois ao imprevisto sucede outro, num mecanismo de monotonia... explosiva. Na hora ingrata de escrever, como optar entre as variedades de insólito? E que dizer, que não seja invalidado pelo acontecimento de logo mais, ou de agora mesmo? Que sentir ou ruminar, se não nos concedem tempo para isso entre dois acontecimentos que desabam como meteoritos sobre a mesa? Nem sequer você pode lamentar-se pela incomodidade profissional. Não é redator de boletim político, não é comentarista internacional, colunista especializado, não precisa esgotar os temas, ver mais longe do que o comum, manter-se afiado como a boa peixeira pernambucana. Você é o marginal ameno, sem responsabilidade na instrução ou orientação do público, não há razão para aborrecer-se com os fatos e a leve obrigação de confeitá-los ou temperá-los à sua maneira. Que é isso, rapaz. Entretanto, aí está você, casmurro e indisposto para a tarefa de encher o papel de sinaizinhos pretos. Concluiu que não há assunto, quer dizer: que não há para você, porque ao assunto deve corresponder certo número de sinaizinhos, e você não sabe ir além disso, não corta de verdade a barriga da vida, não revolve os intestinos da vida, fica em sua cadeira, assuntando, assuntando...

Então hoje não tem crônica.


Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Solidão


"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência! Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade! Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio! Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza! Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância! Solidão é muito mais do que isto... Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma".

domingo, 25 de outubro de 2009

Sei lá.


As palvras estão ao vento,
fugindo desesperandamente de meu alcance...devem estar passeando, ou então
escondidas em uma caverna...Nada de inusitado vem a meu pensamento, é o
pressentimento de que tudo já existe.


Quando as palavras voltarem a
se abrigar em minha mente será perceptível!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Burros? Espertos. Bobos!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Apanhador de Desperdícios



Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.

(Manoel de Barros)

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

As Lágrimas das Nuvens




Já são seis e meia da manhã, o celular desperta e Lucas tem vontade de jogá-lo na parede. Então se levanta e vai tomar banho, a água do chuveiro não aquece o suficiente, escova os dentes, penteia o cabelo, veste-se, calça seus sapatos apressadamente, sai levando sua mochila e vai pegar o ônibus.


Junior, seu cachorro, estava com a pata suja, e ele foi ao trabalho com uma marca de barro em sua calça. Tempo nublado, frio, e a partir daquele momento, chuvoso, o que o fez perceber que seu guarda-chuva de emergência estava quebrado.


O ônibus lotado o faz apertar a mochila e lembrar-se de que esquecera sua pasta com as tarefas do dia.


Após correr por quatro quadras, Lucas entra na escola atrasado e vai à sala. O barulho o deixa sem ação, então simplesmente começa sua aula passando textos no quadro.


Um dos alunos nota a mancha na sua calça e comenta alto para que todos a percebessem. Como um professor inexperiente ele fica sem ação e finge que nada está acontecendo. Troca de turma, e os alunos comemoram o esquecimento do professor, e a prova adiada.


Chega ao fim da manhã, Lucas enfrenta outro ônibus. Chegando em casa, liga o fogão e esquenta o que sobrou da janta na noite passada, o telefone toca para uma cobrança, ele se distrai e deixa o único bife queimar, ainda bem que hoje é dia de pagamento – pensou ele.


O relógio marca 14 horas, e o jovem guerreiro encara mais um bico. Passear com os cachorros da vizinhança era uma tarefa relaxante, mas enlouquecedora em dias de chuva.


Lucas vai ao banco para retirar o salário. Ele esperou cerca de uma hora na fila e recebeu apenas metade do que precisava. Havia sido um mês muito difícil, teve muitas faltas no trabalho e conseqüentemente muitos descontos salariais.


O tempo começou a melhorar, a chuva cessou. Ele entrou em contato com a sogra, as crianças haviam passado a noite lá,pois o carro estragou. Já era hora de buscá-las para realizarem juntos a grande tarefa.


O pai comprou um bolo, e com todo cuidado tomou outro ônibus, graças a Deus o bolo permaneceu intacto. As crianças ficaram eufóricas e alegres em vê-lo, elas já estavam prontas esperando por sua chegada, os meninos passaram gel no cabelo e a menina estava com seu melhor vestido. Lucas chamou um táxi, e partiram para a grande tarefa.


O hospital estava calmo naquele dia. Prepararam o bolo, ascenderam à vela e entraram no quarto cantando parabéns baixinho para a mãe que os aguardava confiante e fraca. Naquele momento todas as suas forças se uniram para dar um sorriso, as crianças leram suas cartas para a aniversariante e o presente foi um belo lenço para cobrir-lhe a falta de cabelos. Lucas deu um beijo com gosto de confiança em sua esposa, seus filhos a abraçaram. O horário de visitas terminara e então gastou seu último dinheiro com o táxi para as crianças voltarem à casa da avó.


Lucas foi embora caminhando, e por sinal uma longa caminhada de reflexão, satisfação, tristeza, e a partir daquele momento chuva.




(João Lucas Cruz Castanho)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

A sempre viva...Morte.


Um dia frio, a neve se põe suavemente sobre a grama, as casas estão fechadas e há muito trabalho, passo pela rua e começo a analisar a vida dos humanos. Eles não param um só minuto para perceberem o que estão fazendo, um vento forte sopra do sul, mais trabalho surgindo, nesta semana já andei por quase todo o mundo e ainda não parei de trabalhar, a população diminui e eu tenho de fazer a transição.
Em um desses dias percebo uma jovem, ela é realmente muito bonita, americana e habitante da maior potência mundial, estava em uma viagem ao sul de seu país com o namorado, um relacionamento lindo, porém precisei passar por eles, pobre jovem, teria um futuro brilhante, traída por quem mais a jurava amor, e agora lhe jurou morte.
Estou pensando em chamar alguns ajudantes, há muito trabalho no continente negro. Crianças ansiosas por algo, vejo-as todos os dias lutando por mais um suspiro. Em uma das minhas últimas viagens para lá, tive uma notícia surpreendente: a próxima copa do mundo será lá. Estranhei, pois em todas as minhas passagens via apenas terra seca e gritos de desespero, quando se havia forças para gritar, mas é realmente difícil entender.
Tive uma experiência muito confusa neste último sábado, passei por um hospital, muitas crianças e idosos por lá, pais desesperados, e um menino magro, pálido e com um sorriso, é lamentável, já estava sem cabelo. Seus pais tentavam disfarçar, pois o médico havia conversado com eles há pouco, logo o menino fechou os olhos, e esse havia sido seu último sorriso. Os pais puseram-se a chorar. Saí dali então e fui a São Paulo, onde uma menina acabara de ser jogada pela janela. Seu pai e sua madrasta correram ao seu encontro, mas era tarde, até mesmo para se redimir. Triste fim para uma criança tão pura. É realmente de matar.
Estou exausta, meus dias estão sendo repetitivos, percebo como as cosias estão se tornando simples demais, quando não são. Começo a me assustar com o que vejo, quem diria, eu, a própria morte me assustando. Encontrei seres que praticam atos piores do que exerço em minha função. Posso dizer, os seres humanos me assustam.
(João Lucas Cruz Castanho)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia do Amigo!

Para comemorar o ''Dia do Amigo", uma repostagem...




Há Certas coisas que não se escolhe. ‘Coisas’ essenciais e indispensáveis . Amizades aparecem, e cria-se um laço, amigos que trazem consigo um dos bens mais preciosos: A VIDA. Vida que se faz transparecer quando sorrimos por motivos banais ou por nada, quando choramos para expressar felicidade de ganhar ou a infelicidade da perda, quando nos estressamos por causa da teimosia, ou até quando discutimos para escolher a melhor pizza a ser comprada ou o melhor cinema, quando falamos de nada sem ter sentido, ou quando demonstramos nossa intelectualidade. Há amigos para todos os momentos e de todos os tipos. Há aqueles com quem desabafamos, com quem choramos, com quem gargalhamos, com quem dividimos as despesas, com quem discutimos, os que falam de livros, os que discutem o programa de televisão, os amigos vaidosos, os espontâneos, os sinceros, os que dançam, os que fazem brincadeiras, os que gostam de abraçar, os sem graça, os que nos fazem pagar mico, os mau-humorados, e os que estão sempre ocupados, os amigos folgados, os que sempre estão com dor, os que sempre pedem dinheiro emprestado, e os que nos marcaram em algum momento de nossa vida.Enfim, nós não conseguimos ser tudo, então aparecem pessoas para nos completar.Obrigado Amigos!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Viva.

Vida é cantar no chuveiro, no coral da escola, é ter uma banda de rock...
Vida é ter um irmão mais velho pra conversar, ou bem pequeno pra cuidar...
Vida é gostar do mar, ter medo de onda grande, é surfar todo fim de semana, é morar longe da praia...
Vida é fazer planos, é mudar esse plano todo dia, é ter o mesmo sonho desde criança...
Vida é jogar conversa fora, é chorar de tanto rir, é chorar de verdade, ou sem motivo...
Vida é dar tudo errado num dia e tudo certo no outro, ou vice-versa...
Vida é ter um diário, é ter um amigo que você pode contar tudo...
Vida é começar um regime, é correr, caminhar, tudo isso numa segunda...
É medo da violência, é medo de não dar certo, ou dar tudo certo e não saber o que fazer nesse dia...
É ouvir o que ninguém gosta, é pipoca e refrigerante no cinema, chuva no telhado, é dormir até às três da tarde...
Vida é não deixar o amigo dirigir bêbado, é ajudar a quem precisa, é gostar de ir à igreja...
Vida é fazer aniversário, é lembrar o aniversário de alguém, mesmo que um dia depois...
Vida é para ser vivida no único tempo de verbo possível: o presente...
Não tem passado, não tem futuro... O grande presente da vida é viver cada instante, cada segundo...
Viva o presente, esse é o grande presente da vida.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

120...150... 200 km/h


As coisas estão passando mais depressa

O ponteiro marca 120.

O tempo diminuiAs árvores passam como vultos

A vida passa, o tempo passa,

Estou a 130, as imagens se confundem,

Estou fugindo de mim mesmo

Fugindo do passado, do meu mundo assombrado

De tristeza, de incertezaEstou a 140, fugindo de você


Eu vou voando pela vida, sem querer chegar

Nada vai mudar meu rumo, nem me fazer voltar

Vivo, fugindo, sem destino algum

Sigo, caminhos que me levam, a lugar nenhum


O ponteiro marca 150, tudo passa ainda mais depressa,

O amor, a felicidade, o vento afasta uma lágrima

Começa a rolar no meu rosto,

Estou a 160, vou acender os faróis, já é noite

Agora, são as luzes que passam por mim, sinto um vazio imenso,

Estou só na escuridão, a 180, estou fugindo de você


Eu vou sem saber pra onde, nem quando vou parar

Não, não deixo marcas no caminho pra não saber voltar

Às vezes, eu sinto que o mundo, se esqueceu de mim

Não, não sei por quanto tempo ainda, eu vou viver assim


O ponteiro agora marca 190,

Por um momento tive a sensação de ter você a meu lado,

O banco está vazio, estou só, a 200 por hora,

Vou parar de pensar em você e vou prestar atenção na estrada


Vou sem saber pra onde, nem quando vou parar

Não, não deixo marcas no caminho, pra não saber voltar

Às vezes, às vezes sinto que o mundo, se esqueceu de mim

Não, não sei por quanto tempo ainda, eu vou viver assim!


(Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos)

terça-feira, 26 de maio de 2009

''Castelo de Areia''


Juntamos por dia muitas e muitas pedrinhas, estas pedrinhas somadas formam grandes pedras, estas por sua vez são utilizadas para a construção do nosso castelo. Um castelo grande, luxuoso, nos oferece segurança. Todos os planos, sonhos, objetivos, estão guardados neste castelo. Até que um dia tudo vai ficando exaustivo, a monotonia toma conta do castelo, tudo começa a sair do controle, o grande castelo transforma-se em areia, e todos os planos e sonhos guardados nele escorrem por entre os dedos. Todo o preparado escorre e se perde. Descobrimos então que nada somos, que um projeto pode durar até amanhã, que um sonho pode ser gerados pela “frustração”, que pessoas são mais importantes que coisas, que não há nada como um dia após o outro, que há quem precise de nós, que há quem nós precisamos. E com isso aprendemos a ser dependentes de algo maior, aprendemos que não podemos abraçar o mundo, aprendemos a viver cada dia de uma vez, e que amanhã pode ser o dia mais importante de nossas vidas, que uma casinha de sape pode nos fazer mais felizes do que um castelo, que preferimos os mais caro por não podermos tê-lo, que as situações são caminhos, e que os caminhos tem bifurcações, que sempre o caminho mais fechado nos leva a novos horizontes, que sempre haverá um horizonte, que um amigo pode ser mais que um irmão, que um irmão pode ser um amigo, que os pais podem ter mais filhos do você tem irmãos, que as escolhas são definitivas, que há conseqüências, QUE TUDO O QUE ACONTECE É EXPLICADO SEM PALAVRAS.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Impostor que vive em mim



Não ser ninguém além de si num mundo que dia e noite se esforçam ao maximo para transformá-lo em uma pessoa igual a todas as outras, significa entrar na mais dura das batalhas que um ser humano pode enfrentar, e nunca mais deixar de lutar.

domingo, 12 de abril de 2009

Friends...


Há Certas coisas que não se escolhe. ‘Coisas’ essenciais e indispensáveis . Amizades aparecem, e cria-se um laço, amigos que trazem consigo um dos bens mais preciosos: A VIDA. Vida que se faz transparecer quando sorrimos por motivos banais ou por nada, quando choramos para expressar felicidade de ganhar ou a infelicidade da perda, quando nos estressamos por causa da teimosia, ou até quando discutimos para escolher a melhor pizza a ser comprada ou o melhor cinema, quando falamos de nada sem ter sentido, ou quando demonstramos nossa intelectualidade. Há amigos para todos os momentos e de todos os tipos. Há aqueles com quem desabafamos, com quem choramos, com quem gargalhamos, com quem dividimos as despesas, com quem discutimos, os que falam de livros, os que discutem o programa de televisão, os amigos vaidosos, os espontâneos, os sinceros, os que dançam, os que fazem brincadeiras, os sem graça, os que nos fazem pagar mico, os mau-humorados, e os que estão sempre ocupados, os amigos folgados, os que sempre estão com dor, e os que sempre pedem dinheiro emprestado.
Enfim, nós não conseguimos ser tudo, então aparecem pessoas para nos completar.
Obrigado Amigos!

( Desculpem pelo texto pobre, mas não consegui fazer um melhor...espero que entendam o que eu quis dizer...rsrsrsrs)

terça-feira, 3 de março de 2009

PSICOPATAS


Milhares de pessoas vivem entre nós, pessoas "normais", com hábitos "saudáveis", conselheiras, pessoas que muitas vezes são chamadas família, amigos, alma gêmea, desmonstram sentimentos tão verdadeiros, esses são os doadores de vida, "Eva's'', que transmitem vida e vontade de viver.

De repente acordamos e percebemos que os doadores de vida são poucos, em alguns momentos nenhum.

Há no decorrer dos dias, mais sufocadores do que fornecedores de oxigênio, são os que tem criatividade em excluir e inabilidade em incluir, criadores de feridas interiores, que dificilmente cicatrizam.

Pessoas pessimistas e críticas, que só olham para pontos fracos, destroem sonhos, egoístas. Pessoas cheias de razão, criadores de opiniões individualistas, não dão espaço a sentimentos puros que as tornem mais humanas.

Criadores de conceitos pré estabelecidos sem base na verdade, uma critica pode ferir uma pessoa, mas o preconceito a anula..

Pessoas, que são seres, não sei se humanos, a melhor palavra para defini-las?



PSICOPATAS

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Alma Gêmea?...


Alma Gêmea? Não gosto dessa palavra. Talvez por ser tão mística. O senso comum nos trás aquela idéia de que essa pessoa irá nos completar e nos fazer felizes para sempre. Que é nosso destino e nada podemos contra isso.Bom, os sábios afirmam que enxergamos o mundo através de nossa subjetividade. Pois bem.Alma gêmea é mais que um melhor amigo, mas não é um amante. Excede a perspectiva de romantismo.Alma gêmea é aquela pessoa que te conhece melhor que qualquer outra. Talvez até melhor que você mesmo. Que faz de você alguém melhor. Na verdade, é você mesmo que se torna uma pessoa melhor, porque ela te inspira.È a única pessoa que te julga por quem você é, e não pelas atitudes que toma.Ela é quem acreditou em você, e permaneceu ao seu lado quando todos foram embora.Por ela você fez coisas que não faria por mais ninguém.Acontece o que acontecer você sempre irá amá-la, ninguém poderá mudar isso.A alma gêmea não necessariamente é a pessoa que descobriu como te fazer feliz, talvez nem seja com ela que você irá casar, cabeludinhos e ser feliz para sempre.Mas é quem depois de longos anos sem noticias, somente ao som da sua voz, irá fazer teu coração bater mais forte. Não é o palpitar de uma paixão de adolescente. Mas de uma coração hoje mais maduro que ainda se comove com os detalhes. Os pequenos detalhes. Uma musica. Uma foto. Talvez até um sorriso, trás aquela sensação novamente de pertencer a alguém, de pertencer a algum lugar.A alma gêmea excede nosso “amor” egoísta. Você pode ser avó, ter netos lindos, filhos bem sucedidos... Um casamento cheio de emoções e muito amor. Mas as lembranças.Ah... As lembranças...Lembranças de um tempo em que tudo era inocente e tão puro. Algumas lagrimas vão cair de alegria, numa sensação mista de saudades e missão cumprida.Vai então lembrar da confusão de uma jovem tão inexperiente e vai rir, e rir muito por hoje conseguir compreender que uma vida bem vivida é aquela cheio de o inesperado. Que cometer erros é bom, ao contrario daquilo que te torturava, cometer erros é muito bom!!! Não há maneira melhor de crescer e aprender.Nada e ninguém muda isso. Esta selado em você.A alma gêmea é alguém que você carrega consigo sempre.
“Eu sei que esses detalhes vão sumir na longa estrada,do tempo que transforma todo amor em quase nada.Mas "quase" também é mais um detalhe...”

Priscila Scala

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Há Dias...


Há dias em que o sol nasce e tudo escurece, que o amor transmite ódio, que a tristeza solta a alegria e que o riso chora.

Há dias em que a chuva cai seca, que o céu é vermelho e os campos negros.

Há dias em que a saúde adoece que a juventude envelhece e a infância mata.

Há dias em que a paz traz tédio, que o calor esfria, que o pão endurece e a água seca.

Há dias em que a gravidade desliga e o chão cai.

Há dias em que acordamos com o pé esquerdo, e tropeçamos com o pé direito.

Há dias em que o dia não passa, e há dias que dias não há.

Há dias em que a notícia ruim vem desacompanhada, e o lógico acontece por acaso.

Há dias em que nada acontece, e há dias em que tudo acontece ao contrario.

Há dias de luta, e há dias de vitória.


(João Lucas Cruz Castanho)