sábado, 20 de março de 2010

Metamorfose Induzida

Olá!!



Primeiramente desejo um ótimo outono!! E como hoje é o dia do Contador de Histórias, postarei minha primeira narrativa fantástica. Espero que gostem! Boa Leitura!




Quando, certa manhã, Gregório despertou, depois de um sonho tranqüilo, achou-se em sua cama convertido em um monstruoso inseto. Achava-se deitado sobre a dura carapaça de suas costas, e, ao erguer um pouco a cabeça, viu seu ventre escuro e suas inúmeras pernas.
Com dificuldade, levantou-se, vestiu o paletó, caprichou no nó da gravata e pegou sua pasta, antes de sair de casa olhou pela janela para ver se era apenas ele o estranho. Contemplou então apenas pessoas comuns. Não sabia como encarar a situação, então decidiu conferir como as coisas estavam pelo prédio, colocou um grande casaco e saiu de casa. Ao passar pelo corredor assustou-se quando pingou sobre ele um líquido, ao olhar para cima avisto inúmeros casulos, e sobre ele alguém estava se libertando, podia ver as asas coloridas saindo do casulo e partir em vôo.
A “mulher-borboleta”, ao cair em si que estava transformada, pousou bruscamente na escadaria próxima a Gregório, e pôs-se a chorar, desesperada. Ele ficou receoso em assustá-la, mas na verdade serviria como consolo. Ele e Amélia conversaram e decidiram descobrir o que estava ocorrendo, antes que isso chamasse a atenção da mídia.
Saíram procurando por outros que pudessem estar diferentes. Andaram por entre os blocos e em cada bloco, e todos já estavam transformados. Gregório indagara-se do porque motivo de justamente o condomínio Pedra Esmeralda estar passando por isso. Amélia orientava para que ninguém saísse de casa. Gregório buscava na internet por fontes que pudessem ajudá-los nas investigações. Encontrou um artigo do Dr. Drecker, explanando a cerca do organismo dos insetos, e comparava-os com os dos seres humanos.
Gregório era médico, especialista em genética, e nesta manhã teria uma reunião, na qual conversaria com outros médicos sobre mutação e mutação induzida. Ele era o presidente do conselho de medicina genética, e no momento em que lera o nome “Dr. Drecker”, lembrou-se do colega de faculdade que não fora aprovado para participar do conselho, que alimentava uma doentia inveja pelo ex melhor amigo.
Uma substância chamada dilamidotina, por certo, pensara Gregório, fora posta no encanamento do condomínio, ele precisava encontrar a fonte para tentar estudar um antídoto.
Amélia, como podia voar, saiu com todo cuidado para não ser vista, a procura da fonte da substância. Voltou alguns minutos depois com um tudo de aço que estava conectado à rua e ao encanamento do condomínio. Imediatamente foram ao laboratório que havia no apartamento de Gregório e trabalharam para manipular o antídoto, enquanto isso a borboleta interfonava para todos os moradores, pedindo para que se dirigissem à piscina coberta.
O médico-besouro corria para terminar logo, e nesse momento começou a ouvir o som de sirenes e helicópteros, ele sabia quem havia denunciado, então correu contra o tempo, para que nenhuma suspeita pudesse ser confirmada.
Com o antídoto em mãos rapidamente foi até a piscina analisando o prédio, de repente se surpreendeu ao ver a seguinte descrição em um automóvel “FUMACÊ”, desesperado correu ainda mais e desde já lamentava por qualquer perda. O efeito do antídoto era muito forte, e poderia ser fatal para os idosos, mas não tinha como mudar isso agora. Chegando a piscina, despejou o conteúdo na tubulação que a alimentava, e auxiliou as pessoas a mergulharem na água, e instantaneamente voltavam ao normal. Os idosos foram levados para as casas e todos lamentaram o mal esperado.
Após tudo voltar ao normal, Gregório e Amélia se encontraram novamente, desta vez para tratar de assuntos pessoais, e riram quando lembraram-se do médico-besouro. E quanto ao Dr. Drecker...não tomaram providência alguma, apenas o deixaram aprender, com seu próprio “feitiço”.

João Lucas Cruz Castanho

1 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelo texto, está muito interessante e bem escrito... Tem selo lá no meu blog pra você, ok?