segunda-feira, 21 de junho de 2010

"Horizonte...

...por que parece linha reta, mas sei que não é assim."

Ponho-me a refletir. Minha cabeça dói, tiro os óculos e deposito-os sobre a escrivaninha. Intensifico a luz da luminária. Quando olho para a mesa observo que meus cabelos caem sobre as páginas amareladas dos livros abertos.

Sinto meu estômago apertando, porém, sinto-me sucumbido o bastante para ingerir qualquer coisa.

Caio em minha mente, vulnerável aos meus próprios ataques, como vórtices, ou então, o mais matreiro pensamento, de imensurável candura, dirigindo-me a terno devaneio. Apetece-me galgar para o engodo da perfídia, provocando um inebriante lacerar de verdades. Perniciosos são os pensamentos agora, e no dissipar de um momento desvanece a fantasia, e volto a compor-me por quem não sou. De fato, nada do que aspiro é inócuo, é apenas ofensivo a mim próprio negar quem sempre sustentei.

Meu ego salta de minhas entranhas, expondo uma vil reputação. Jamais pútrida, mas de juízos mentirosos. Direitos que regem a lei vã que criei para respeitar, não apenas impedindo com que transponham as barreiras de segurança que instaurei para não invadirem meu espaço, mas me impedindo de estar neste.

Resguardado em máscaras, ora imaculadas, ora infamadas. Ardendo em lágrimas sanguinolentas, como açoites em meus olhos. Tornando-me cego de minha visão egocêntrica.

Reduzo-me a pó, esquálido ser a transpor sua armadura. Ressentido por não “viver” a prévia da morte.

João Lucas Cruz Castanho

1 comentários:

Anônimo disse...

cara não entendi nada disso, caralho kkkkkkkkkkkk..fez um no na cabeça...